16 March 2006

aqui

Aqui está minha vida./ Esta areia tão clara com desenhos de andar / dedicados ao vento./ Aqui está minha voz, / esta concha vazia, sombra de som / curtindo seu próprio lamento / Aqui está minha dor, / este coral quebrado, / sobrevivendo ao seu / patético momento. / Aqui está minha herança, / este mar solitário / que de um lado era amor e, de / outro, esquecimento.


Cecília Meireles
Fotos de António Manuel Pinto [ www.olhares.com]

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